quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Quinze, dezesseis, dezessete e nada de vida.

“Difícil dizer que “viveu” quando aos quinze anos, já havia escolhido alguém para amar pela vida inteira. E difícil também é acreditar em divindades, quando aos dezesseis, já se perdeu quase tudo. Menos a vida. Difícil também é ver a vida sem o cor-de-rosa, sem olhar para a ponta do próprio nariz… Daí fica torto, sem sentido. Fica como realmente é. Sem cor, nem graça. Difícil ter quase dezessete e já ver a vida como se tivesse noventa. Sob perdas e constantes partidas a vida fica mais amarga. A dor ensina mas também esfria. E, a dor molda. Molda quem somos, quem iremos ser. Não há porque ficar procurando uma felicidade momentânea se é a dor quem dá as lições que precisamos para “sobreviver”. Viver aos dezessete, não é fácil. Respirando, sobrevivendo, continuando. A idade não define a maturidade. E talvez, nunca tenha definido. Mas, permita-me lhe confessar que difícil também é continuar acordando todos os dias mesmo quando não se quer mais nem viver, que dirá tampouco, sobreviver.”

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