terça-feira, 21 de agosto de 2012

Eu sou o barulho sufocado pelo teu silêncio.


Seguro meu último suspiro como se fosse a esperança que ainda tenho de me perder em ti novamente. Meus pulsos fracos mal conseguem suster a vida em mim, não sei se consigo mais. Seguro meu último suspiro como quem segura a vida dentro de si, mas me sinto fraca, impotente.

Essas poucas lágrimas não cessam mais. Minha dor arde nas veias, minha cura é também minha condenação. O buraco no meu peito tem suas medidas, a saudade me causa feridas que nem mesmo meu amor é capaz de curar, e eu sangro.

Minhas mãos pálidas tentam unir as palavras para que um dia você leia. Espero que as leia e sinta as ulcerações que tua falta causou no meu seio. Meu corpo urge tua falta. Meu coração grita, geme, chama. E você não escuta.

Eu sou o barulho sufocado pelo teu silêncio e meus gritos são pequenos tremores na fortaleza que você fez ao seu redor. Não sou eu mais a tua cura? Não sou eu tua tormenta? Minha luz não brilha mais aos olhos teus? Tornei-me chama fosca, fogo que não aquece. Vivo, sem esperança. Estou aqui e ao mesmo tempo não estou.

Eu não estou, querido. Não mais estou aqui…
E provavelmente um dia será irremediável.
Tire o veneno de mim ou me deixe tragá-lo de uma vez. Me tome e me ame ou simplesmente me deixe, sempre foi assim. E sempre será.

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