terça-feira, 21 de agosto de 2012

Carioca, moreno, alto e dono do meu coração. Sim senhor, dono do meu coração.


Dos olhos amêndoados e o sorriso maior que a boca, do abraço que parece beijo, e o “até logo” que parece “adeus”; moreno, quase vinte e poucos, dono do meu coração. Alérgico a sol, com medo de mar; e nada que nem um peixinho! É como o verão de tão intenso. Cabelos negros, pele acinzentada, mãos pequenas, braços longos. Pele lisinha, macia que nem algodão. Com uma cicatriz na perna e algumas outras no coração. Fica corado quando se sente envergonhado; aperta os olhos, balança o cabelo, curva a cabeça. Sorri. Sorri de meia-boca o sorriso mais doce do mundo. Com jeito bossa-nova e sobrenome que fala mais que o próprio nome. De palavras tropeças e até travessas. Voz forte, imponente e uma risadinha insinuante no fim de algumas frases. Sabia me fazer arrepiar dos pés a cabeça, sussurrando ao pé d’ouvido meu.

Minhas mãos trêmulas nas tuas mãos firmes e macias. Meu corpo voluptuoso junto do teu corpo pálido; nossas respirações. Pulsando como um só, nós dois, amor, fizemos juntos nossa melodia mais bonita: a do nosso amor.

Teu cheiro de framboesa impregnou minha alma, tua risada trazia deleite aos meus ouvidos. Teu beijo fazia meu corpo vibrar em vários tons e sintonias diferentes. Passando minhas unhas pela tua pele delicada, meu coração sussurrava ao teu. Te pertenço. Sou tua, toda tua. E sempre serei. Meu corpo, minh’alma, minha vida e todo o meu eterno e intenso amor.

Meu amor, já disse-nos Saint-Exupéry em “O Pequeno Príncipe” que tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Você é responsável por tudo de mais bonito que há em mim.

Com os olhos de cachaça, noites mal dormidas, madrugadas em um bar. Eu te espero e te aceito. E te amo. Para sempre. Porque por você vale a pena, por nós vale a pena…

Carioca, moreno, alto e dono do meu coração. Sim senhor, ele é real, eu juro.

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