domingo, 12 de fevereiro de 2012

Libertando-me de mim...


“Pai do céu, dê-me as palavras certas para esvaziar o amargor do meu coração. Amém.”

Tenho estado exânime e quase que tropeço em minhas próprias amarras amargas. Estando à orla do mar, não o piso, algo me toma com força contrária e me leva — quase que arrasta — para longe e faz parecer que é miragem a vista que sei que tenho ali, exatamente ali, a menos de três passos de mim. Percebi então que das dúvidas que tenho a maior sou eu mesma.

Fui ao meu enterro. E no fenecer de todas aquelas lágrimas com toda a antítese que esse momento possa possuir, digo enfim: nunca me senti tão viva. Saí rindo alto, gargalhando dos pobres coitados.

As amarras foram cortadas, as correntes quebradas. Minha única prisão era meu próprio corpo. O inolvidável que se tenha sobre mim são as lembranças que continuarão de bom grado vivas, junto de meu ser imortal: minh'alma.

“Aferravam-me dentro de uma entrave sorridente, mas com efusão disse e repeti: sou livre. Livre, livre, livre.”

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